Atividades 9º ano

             

O mundo multipolarizado a partir dos Brics

‘Profetizado’ no início da década de 2000, conjunto de superpotências emergentes quer encabeçar uma nova ordem de organização mundial



                  O mundo multipolarizado a partir dos Brics


Os Brics são um conjunto de cinco países que pretende formar um novo bloco econômico – à maneira do Mercosul e da União Europeia – e, segundo alguns especialistas, encabeçar uma nova ordem de organização mundial. O grupo é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e, desde 2011, África do Sul (o “s” do Brics vem do inglês South Africa). Juntos, possuem quase metade da população do mundo e 40% do território global (veja infográfico com dados dos países que formam os Brics). 
Em muitos aspectos, os Brics já assume uma posição relevante no cenário mundial. Por exemplo, o FMI (Fundo Monetário Internacional) estima que em 2012 o Produto Interno Bruto (PIB) desses países chegue à cifra de 14,9 trilhões de dólares, mais de um trilhão a mais que o projetado para a União Europeia (13,6 trilhões) (veja infográfico). 
Com tantas qualidades superlativas é de se esperar que o novo bloco cumpra a profecia original de Jim O'Neill, economista responsável por cunhar a sigla. Em 2001, o chefe de pesquisa em economia global do banco de investimentos Goldman Sachs, um dos maiores do mundo, publicou um estudo dizendo que esses países (com exceção da África do Sul, que não estava no plano original de O'Neill) estariam entre os mais relevantes do planeta até 2050. 
O estudo previa a desaceleração econômica dos países desenvolvidos, como Estados Unidos, Japão e Alemanha, e o destaque de nações emergentes. A análise de O'Neill confirmou-se com a crise financeira de 2008, a maior desde a crise da década de 1930, cujo marco inicial foi a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929. Dos quatro países que formavam o BRIC naquele ano (a África do Sul ainda não fazia parte do bloco), apenas a Rússia viu sua economia desacelerar. 
"No século 21, EUA e União Europeia estão mergulhados em problemas internos", disse Paulo Borba Casella, vice-diretor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e autor do livro BRIC – Uma Perspectiva de Interação Internacional (Editora Atlas). Para ele, os BRICS vão encabeçar uma nova organização mundial liderada por múltiplos países. "Criou-se um vazio de governança global que o Brics pode e deve ocupar."

Estratégias

A entrada da África do Sul como membro dos Brics em 2011 foi uma opção estratégica, na avaliação do economista Evaldo Alves, diretor da área de projetos da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo. "É o país mais desenvolvido da África e, com isso, o grupo passa a ter um representante em cada continente, algo que estava no conceito original de O'Neill", afirmou. "A presença da África do Sul confere maior dimensão e legitimidade aos Brics", acredita Casella.
Apesar de os chefes de Estado dos Brics se encontrarem anualmente desde 2009 para discutir parcerias e a institucionalização do bloco, o grupo ainda tem caráter informal. O que sustenta o mecanismo é a vontade política de seus membros. O encontro mais recente ocorreu em março em Nova Deli, na Índia. Na reunião, os países cobraram mais direitos de voto no FMI e analisaram uma proposta indiana para a criação de um banco comum. O órgão poderia ser usado para financiar obras de infraestrutura em países em desenvolvimento e para contribuir com crédito em momentos de turbulência financeira. 
Por enquanto, os Brics funciona pouco, de acordo com Casella. "É uma intenção, um programa,um espaço de coordenação conjunta entre os cinco países". A efetivação de um bloco econômico capaz de permitir, por exemplo, o livre comércio de bens entre os países, ainda está longe de acontecer. "É um processo lento e delicado que depende da vontade dos membros. É algo que pode levar ainda cinco anos para sair do mundo das ideias", explicou Alves.

Fragilidade

O novo grupo de potências emergentes não está livre das críticas. O que em alguns momentos funciona a favor da composição do novo bloco econômico, em outros pode acarretar dificuldades irreversíveis, na opinião de Eduardo Viola, especialista em relações internacionais e professor da Universidade de Brasília (UNB). "Os interesses nacionais de cada um dos membros dos Brics são muito diferentes em todas as dimensões", disse. 
Viola cita o exemplo da segurança internacional. "Dois membros são superpotências e membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas da ONU", explica o professor, referindo-se à China e à Rússia. "Isso quer dizer que nem sempre esses países buscarão defender o interesse dos Brics, que pode ter outras demandas." Casella, por outro lado, entende que isso pode ser uma vantagem para o grupo. "Ter dois membros permanentes no Conselho de Segurança da ONU pode dar mais autoridade para os Brics.” 
Viola também critica a diversidade política dos países que formam os Brics (veja artigo). São três democracias (Brasil, África do Sul e Rússia) e dois países com componentes de regime autoritário (China e Índia). "Isso influencia no tipo de posicionamento que cada nação terá em última instância, algo muito difícil de prever e que confere fragilidade ao bloco.”

Nova ordem mundial

Casella e Alves acreditam que os Brics tem tudo para refrescar a política mundial. "Esses países podem mudar o rumo de algumas coisas que andam profundamente erradas no mundo", avalia Casella. "É o caso das guerras feitas pelos EUA no Afeganistão e no Iraque, que foram ilegais pelo direito internacional e desastrosas sob o ponto de vista militar, econômico e político, não só para os americanos, mas para todo o mundo."
De acordo com Casella, os Brics representa um mercado relevante, mas não se pode ver o grupo apenas com olhar comercial. "É uma nova ordem mundial que começa com um mundo multipolar." Contudo, para isso acontecer, "é preciso que os cinco países se entendam e trabalhem minimamente juntos", concluiu.


   Raio-X dos Brics

   Os pontos fortes e fracos das potências emergentes que formam os Brics

    Brasil
Pontos fortes: Grande extensão territorial e muitos recursos naturais. Indústria bem formada, sobretudo para bens de consumo duráveis.
Fraquezas: Infraestrutura deficitária, excesso de regulamentação, carga tributária vergonhosa e muita burocracia.

    China
Pontos fortes: É a segunda maior potência do mundo, atrás apenas dos EUA. É também o maior parceiro comercial do Brasil.
Fraquezas: País governado pela mão forte do governo, muito intervencionista. Isso quer dizer que os acordos não são feitos pelo mercado, mas sim pelos burocratas.
    Rússia
Pontos fortes: Um dos maiores produtores de petróleo do mundo e um mercado pouco explorado pelo Brasil, com um potencial de expansão muito grande.
Fraquezas: País ainda em estruturação depois da queda da União Soviética. As regras são inconsistentes: ora o governo fecha os acordos, ora é o mercado. A burocracia também é um dos grandes obstáculos na Rússia.

    Índia
Pontos fortes: É uma das maiores indústrias de Tecnologia da Informação do mundo e possui muita mão de obra, apesar de pouco especializada.
Fraquezas: Falta infraestrutura e há uma fantástica desigualdade social. Além disso, o país tem particularidades culturais, como a estrutura de castas, que dificultam o desenvolvimento da nação. 

    África do Sul
Forte: É uma ilha econômica na África, com indústria, turismo e comércio desenvolvidos.
Fraquezas: Forte desigualdade social, herança do apartheid e grande diversidade étnica dentro do mesmo país (são dez línguas oficiais além do inglês).

professor Alexandre

ATIVIDADE PARA ALUNOS DO 8º A, SUBSTITUIÇÃO DO TRABALHO!

Atenção alunos do 8º ano segue aqui a atividade para os alunos que não apresentaram o trabalho. Lembrando que esta atividade é para o fechamento do 1º bimestre.


ASSISTAM AS CHARGES ABAIXO.



ATIVIDADE 


Assistam as charges e façam um relatório, levando em conta todos os fatores  que estão envolvidos no processo de globalização na sociedade.





    Lembre-se  que a globalização tem seus pontos positivos, como também tem seus pontos negativos, é a partir dos pontos negativo que estão sendo relacionadas nas duas charges, e com seus conhecimentos, você vai fazer um relatório sobre os pontos negativos apresentados, levando em conta a divisão social econômica no Brasil, como ricos e pobres.


     Lembrando que a globalização só foi possível com a expansão do sistema capitalista.O sistema capitalista é um sistema econômico não igualitário ao mesmo tempo pode incluir como excluir.

                                                  O MENDIGO QUE NÃO EXISTE 




DOIS RIOS





PROF: Alexandre viana
Departamento de geografia da escola Sergio Estanislau de Camargo 2012

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