Transição
demográfica.
O conceito de transição
demográfica foi introduzido por Frank Notestein, em 1929, e é a contestação
factual da lógica malthusiana. Foi elaborada a partir da interpretação das
transformações demográficas sofridas pelos países que participaram da Revolução
Industrial nos séculos 18 e 19, até os dias atuais. A partir da análise destas
mudanças demográficas foi estabelecido um padrão que, segundo alguns
demógrafos, pode ser aplicado aos demais países do mundo, embora em momentos
históricos e contextos econômicos diferentes.
Ela explica que, durante uma longa fase da história, a natalidade e a mortalidade mantiveram-se elevadas e próximas, caracterizando um crescimento lento. Guerras, epidemias e fome dizimavam comunidades inteiras. A partir da Revolução Industrial teve início a primeira fase, das três que caracterizam o modelo de transição demográfica.
Ela explica que, durante uma longa fase da história, a natalidade e a mortalidade mantiveram-se elevadas e próximas, caracterizando um crescimento lento. Guerras, epidemias e fome dizimavam comunidades inteiras. A partir da Revolução Industrial teve início a primeira fase, das três que caracterizam o modelo de transição demográfica.
1ª. fase - transição da mortalidade
A Revolução Industrial, o processo de
urbanização e de modernização da sociedade foram responsáveis, num primeiro
momento, por um crescimento populacional acelerado nos países europeus e
posteriormente nos Estados Unidos, Japão, Austrália e outros.
Apesar das péssimas condições de moradia e saúde
das cidades industriais, até pelo menos o final do século 19, a elevação da
produtividade e da oferta de bens de subsistência propiciaram progressiva
melhora no padrão de vida da população. Conquistas sanitárias e médicas,
associadas a esta fase de desenvolvimento científico e tecnológico, tiveram
impactos diretos na saúde pública e, consequentemente, na queda das taxas de
mortalidade. Portanto, a primeira fase de transição demográfica é marcada pelo
rápido crescimento da população, favorecido pela queda da mortalidade já que as
taxas de natalidade, ainda, permaneceram algum tempo elevadas.
2ª. fase - transição da fecundidade
A segunda fase caracteriza-se pela diminuição
das taxas de fecundidade (ou seja, o número médio de filhos por mulher em idade
de procriar, entre 15 a 49 anos), provocando queda da taxa de natalidade mais
acentuada que a de mortalidade e desacelerando o ritmo de crescimento da
população.
Aos poucos foram sendo rompidos os padrões
culturais e históricos que se caracterizavam pela formação de famílias
numerosas. Mas estas transformações culturais foram mais lentas. Levou um certo
tempo para que os hábitos e costumes comunitários da sociedade anterior,
baseados na organização de um outro padrão familiar, fossem rompidos. A
mortalidade infantil elevada induzia as famílias a terem muitos filhos,
contando com o fato de que nem todos eles sobreviveriam. Os efeitos sociais das
conquistas sanitárias na qualidade de vida permitiram que a mortalidade
infantil também diminuísse e as famílias pudessem planejar o que consideravam o
número ideal de filhos, numa sociedade que se modernizava.
3ª. fase - a estabilização demográfica
Na terceira fase da transição demográfica as
taxas de crescimento ficam próximas de 0%. Ela é o resultado da tendência
iniciada na segunda fase: o declínio da fecundidade e a ampliação da
expectativa média de vida que acentuou o envelhecimento da população. As taxas
de natalidade e de mortalidade se aproximaram a tal ponto que uma praticamente
anula o efeito da outra. Esta é a situação encontrada há pouco mais de uma
década em diversos países europeus e é denominada de fase de estabilização
demográfica.